quinta-feira, 23 de maio de 2013

a flor da pele.

caminho pela cidade grande e turbulenta...chove.
posso sentir as gotas salpicando, os pés enfriam, encharcam.
Me encolho. Me escondo.
estou só em meio a tanta gente. Invisível e só.
me vejo transparente. inacessível.
e mergulho nos meus pensamentos, esses insólitos, confusos, perdidos em lembranças de algo que vivi e sonhos que criei.
estava em um lugar longe daqui...
a atenção se dispersa em meio a tantos carros.
e. só. penso nele...
naquele cujo vivo em meio a uma tempestade de emoções.
que em um recôndito, nós dois, vivemos sonhos de amor.
entre músicas e prazeres dançamos o cotidiano.
entre olhares e abraços a tristeza que carregamos se desfaz...
mas nem sempre são flores.
ondas que levam o sonho e trazem a realidade...
realidade crua e obscura, que repele, afasta. agride.
estou só outra vez.
caminhando numa corda bamba entre o afável e o ríspido.
enquanto isso me entrego ao amor que invade minha alma. ao medo que freia minhas ações. a tristeza que me comove. e as gotas que caem. fecho o guarda chuva.
me liberto das palavras que antes me aprisionavam....
posso ver melhor.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

que coisa estranha é essa?

entre mensagens, imagens, distrações, abstrações e falta do que fazer...ela se deparou com a ausência, coisa rara, ausência de algo que em sua vida cotidiana já não está presente. viu a foto de um menino, já mudado com o tempo, pois há alguns anos eles se conheciam, e há alguns anos eles não se viam e o contato só se mantinha por mensagens,essas, virtuais...
...menino bonito...coração grande...desses que se guardam no peito mesmo distantes.
mensagens estranhas falando de......despedidas, adeus, agradecimentos. foi a primeira vez que ela se deparou com a morte ali naquela tela...voltou lá atrás...relembrou momentos doces de convivência...e realmente não podia acreditar que algo até então distante..se aproximava de maneira tão óbvia.
percebeu ali..que o tempo é pouco quando se perde alguém e não pode dizer adeus, dizer, poxa foi muito lindo ter te conhecido e passado aqueles momentos contigo..o tempo parou naquelas lembranças. percebeu que o espaço é relativo mesmo, pois em um momento está aqui, em um mundo confortável tratando de viver a vida como quiser e em outro, esta lá, não sei onde, vivendo aqueles dias, como se não quisesse perder aquela imagem, aquele momento.
ela abriu uma caixinha, dessas que só guardam lembranças que valem a pena serem guardadas, e olhou para  um presente que ele deu, antes daquela viagem para Portugal...e fechou a caixinha.
Ela ficou com o sorriso dele.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Garoando...

Enquanto penso nos dias vindouros, pois parece que aqueles que virão serão mais promissores, o tempo estaciona na próxima esquina. Aquela cuja a fachada parece presentear todas as respostas às inquietantes indagações. (ficar parada ali e observar todas as cores, as rachaduras na parede, o movimento incessante de  pessoas e idéias, o frescor da garoa...gota por gota!)
e a mente transita entre o tempo presente e o que virá...
as dúvidas permeiam os que teimam em saber que nada sabem.
Continuo a caminhar, a passos lentos, sentindo as gotas leves porém certeiras tocando minha pele, e assim caminho para refrescar a mente, para refrescar a alma...  

sábado, 6 de outubro de 2012

Enquanto a chuva cai.

Posso sentir.
algo desvanece enquanto a chuva cai.
como as gotas que escorrem pelas mãos...algo se perde...
é suave, quase macio. mas não há como evitar.
estava por acontecer.

a garoa molha o rosto que pedia gentilmente aquelas gotas tão esperadas...
como ela gosta da chuva,
do caminhar...enquanto as águas escorrem pelos céus.

chega em casa agradecida pelas gotas que caem......
e pelo amor que permeia o começo e o fim.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

o vento.

ela sabia que aquele aperto no coração era momentâneo, que logo iria passar, como o vento frio que bate, bate forte, mas aquele frio a impedia de pensar que poderia haver algo ali adiante, logo mais à frente se tivesse um pouquinho mais de paciência... 
Era só fechar os olhos por um segundo que fosse, ela voltava lá atrás e a tristeza invadia seu corpo assim como aquela velha sensação de algo que ficou lá atrás...
...e se recordava do calor que sentia, das cores vibrantes que tinha seu coração...

ela olha para o céu, sente o vento bater, forte...frio...cinza quase sombrio e pede com esperança de que alguém possa ouvi-la, pede que aqueles dias que um dia foram... sejam novamente... novos. vivos. reais... 

que não perdurem como lembranças de tempos que se foram...

que ganhem vida, que encontrem as cores, que seja eterno enquanto dure....

terça-feira, 19 de junho de 2012

o cais.







e...percebo com meus botões que sigo dando voltas ao cais das minhas histórias, elas estão lá, balanço manso, por vezes tempestades, a maré vem e vai....fico ali sentada olhando as ondas baterem ... 


por vezes me deixo ir....e visito aquelas histórias que ficaram entre a vírgula e o ponto...







segunda-feira, 18 de junho de 2012

esse caminhar!



Caminhando entre as brumas...um dia destes,
tive a sensação rara, um deleite de não sei onde, por não ver o que vinha adiante...
Sempre vi o final daquela rua!!!
Aquele mistério me deixou sem ar. me fascinou. 
e me deu uma vontade do(e) novo...novo mesmo. aquele que nunca foi visto...ou sentido...
e ali abracei a névoa, olhando o que não podia ver, sentindo o que estaria por vir...e de dentro um sorriso surgiu.