sábado, 6 de outubro de 2012

Enquanto a chuva cai.

Posso sentir.
algo desvanece enquanto a chuva cai.
como as gotas que escorrem pelas mãos...algo se perde...
é suave, quase macio. mas não há como evitar.
estava por acontecer.

a garoa molha o rosto que pedia gentilmente aquelas gotas tão esperadas...
como ela gosta da chuva,
do caminhar...enquanto as águas escorrem pelos céus.

chega em casa agradecida pelas gotas que caem......
e pelo amor que permeia o começo e o fim.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

o vento.

ela sabia que aquele aperto no coração era momentâneo, que logo iria passar, como o vento frio que bate, bate forte, mas aquele frio a impedia de pensar que poderia haver algo ali adiante, logo mais à frente se tivesse um pouquinho mais de paciência... 
Era só fechar os olhos por um segundo que fosse, ela voltava lá atrás e a tristeza invadia seu corpo assim como aquela velha sensação de algo que ficou lá atrás...
...e se recordava do calor que sentia, das cores vibrantes que tinha seu coração...

ela olha para o céu, sente o vento bater, forte...frio...cinza quase sombrio e pede com esperança de que alguém possa ouvi-la, pede que aqueles dias que um dia foram... sejam novamente... novos. vivos. reais... 

que não perdurem como lembranças de tempos que se foram...

que ganhem vida, que encontrem as cores, que seja eterno enquanto dure....

terça-feira, 19 de junho de 2012

o cais.







e...percebo com meus botões que sigo dando voltas ao cais das minhas histórias, elas estão lá, balanço manso, por vezes tempestades, a maré vem e vai....fico ali sentada olhando as ondas baterem ... 


por vezes me deixo ir....e visito aquelas histórias que ficaram entre a vírgula e o ponto...







segunda-feira, 18 de junho de 2012

esse caminhar!



Caminhando entre as brumas...um dia destes,
tive a sensação rara, um deleite de não sei onde, por não ver o que vinha adiante...
Sempre vi o final daquela rua!!!
Aquele mistério me deixou sem ar. me fascinou. 
e me deu uma vontade do(e) novo...novo mesmo. aquele que nunca foi visto...ou sentido...
e ali abracei a névoa, olhando o que não podia ver, sentindo o que estaria por vir...e de dentro um sorriso surgiu.











sexta-feira, 20 de abril de 2012

espaço vazio...



ela já não sabe bem quando foi a última vez que o encontrou...
ela se recorda da despedida, como um trago amargo, seco.
"Entre tantas pessoas. Poluição sonora. Embarques e desembarques. Ali estávamos desatentos. Com aperto no coração, inconscientes de que aquela separação era inevitável. Se soubesse faria tanto naqueles últimos segundos."
Havia medo.Havia confusão naquele coração. Havia feridas que o tempo já borrou como nuvens que vêm e vão...
hoje não é como ontem.
hoje ela sente aquele mesmo aperto no coração, pois a distância cresceu assim como o amor que já não tem medida...toma todo o corpo dela e o espaço que ela habita...
todos conhecem aquela história... como um conto de fadas... sem fim ...
ela não sabe o final...já o começo...
... onde aquelas duas mãos se uniram para não soltar-se mais ..ela se recorda como se fosse hoje...
naquela noite ele pediu para ela ficar.
estou aqui... e estarei ... como o tempo que passa...e volta a nos chamar ...